Tela potencializadora efetua a cura total de adesivos e selantes em até seis horas.
Sistemas para colagem de vidros e espelhos em paredes existem vários. Recentemente, os fixa espelhos, híbridos silanos e selantes à base de Silano têm se destacado. São os chamados MS Polímeros (veja reportagem completa sobre essa linha de produtos nesta mesma edição). E agora, a Glassvetro apresenta a proposta de associação destes com uma tela denominada Booster que, segundo o idealizador Reinaldo Antonio Ramos, reduz o período de cura a um quarto do tempo anunciado pelos fabricantes.
A reportagem da revista Tecnologia & Vidro testou essa inovação na prática e apresenta, nesta seção, dois testes realizados na loja da Glassvetro, localizada no bairro da Barra Funda, em São Paulo.
Cura acelerada
Na colagem de vidros e espelhos em qualquer substrato vertical, a desvantagem de qualquer adesivo-selante é a necessidade dos instaladores de improvisarem suportes e calços para manterem o vidro ou espelho imóvel pelo período que pode chegar até a 72 horas, de acordo com recomendações encontradas nos tubos de alguns produtos.
A Glassvetro pesquisou, descobriu e patenteou uma técnica que acelera esse tempo de cura ao mesmo tempo em que permite que ele aconteça também de dentro para fora. O resultado, obtido a partir da utilização de fios especiais dispostos em uma padronagem desenvolvida para essa finalidade, também intensifica a ancoragem estrutural e potencializa as propriedades mecânicas dos adesivos e selantes. Veja o resultado do teste apresentado pela empresa à reportagem da revista:
Passo a Passo
Passo 01
Em uma lâmina são aplicados dois cordões do Tytan Vector, o MS Polímero comercializado pela Glassvetro, sendo um sobre a tela Booster e outro sem a tela. Foram deixados para secar por seis horas. No dia da reportagem é aplicado o terceiro cordão diante da equipe de reportagem.
Passo 02
Um pedaço do Booster, que é fornecido em rolo com o produto em fita, é cortado.
Passo 03
O pedaço de tela Booster, que tem a dupla função de facilitar o acesso da umidade para dentro do cordão e agir estruturalmente na colagem para ampliar o poder da ancoragem, é umedecido.
Passo 04
Em seguida, aplicado sobre o cordão do MS Polímero.
Passo 05
Por fim, uma lâmina de tamanho pouco superior à largura da fita é aplicada sobre a primeira lâmina, tendo o polímero e a fita entre elas.
Passo 06
O tac (pega) é imediato e, dessa forma, é possível observar como o Booster age em conjunto com o cordão durante a fixação de vidro ou espelho em qualquer substrato
Passo 07
Para mostrar a efi ciência do produto e a rapidez na colagem, são feitos dois cortes nos cordões aplicados seis horas antes, tanto no que possui quanto o que não possui o booster.
Passo 08
Ao se retirar o pedaço do centro do cordão onde não foi aplicado o Booster, observa-se que a cura aconteceu apenas nas bordas externas; porém, o miolo ainda está na forma pastosa.
Passo 09
Ao se retirar o pedaço do centro do cordão com o Booster, nota-se que ele está totalmente curado, tanto na parte externa quanto na interna.
Passo 10
Ao se pressionar as duas partes, o miolo pastoso do cordão sem o Booster pode ser retirado, e sobra apenas a parte externa; já o cordão que recebeu o Booster estava totalmente rígido
Ainda na loja da Glassvetro, a reportagem da revista fez um teste do poder de pega (tac) do produto Tytan Vector, comercializado pela empresa em conjunto com o Booster:
O produto anuncia pega (tac) em cinco segundos, mas a cura é realizada em 24 horas, conforme descrito no tubo do produto.
Com a utilização do Booster, entretanto,
ela se dá em apenas seis horas.
Passo 01
Para o teste, utilizamos um vidros 60 x 66 cm, com 15 mm de espessura e 12 quilos de peso.
Passo 02
Cinco cordões do MS Polímero Tytan foram aplicados.
Passo 03
Foi medido o tamanho dos pedaços de Booster a serem utilizados.
Passo 04
Em seguida foram cortados os cinco pedaços.
Passo 05
Os pedaços foram umedecidos com um borrifador com água.
Passo 06
Posteriormente aplicados sobre
os cordões verticais de MS Polímero.
Passo 07
Após feito isso nos cinco cordões, aplicou-se novo cordão de MS Polímero, desta vez sobre a fita de Booster.
Passo 08
Finalmente o vidro é aplicado em uma parede de alvenaria pintada.
Passo 09
Em seguida, o pedaço de vidro é pressionado com força contra a parede.
Passo 10
O vidro fica fixado no mesmo instante, comprovando o poder de V pega (tac) do produto; porém, após alguns segundos, observa-se que ele se deslocou alguns milímetros para baixo (cisalhamento).
Uma única escora de madeira posicionada na base resolve o problema e o vidro é fixado na posição adequada.
Segundo Nelson Libonatti, diretor da Glassvetro, embora a resistência à tração dos MS Polímeros em alguns casos é imediata, a resistência ao cisalhamento pode acontecer somente várias horas depois, porque a parte interna dos cordões aplicados não recebe umidade.
A vantagem apontada pelos criadores do Booster é que ele reforça a ancoragem e promove a umidificação interna do produto para que a cura ocorra em um quarto do tempo indicado no tubo do produto. E também para que ela ocorra tanto de dentro para fora como de fora para dentro do polímero.
O desenvolvimento do Booster aconteceu em paralelo à criação do Hook (suporte abordado em outra reportagem nesta mesma edição), pois existia necessidade de que esse produto tivesse fixação idêntica em qualquer parte do País, independente das condições climáticas (temperatura ambiente e umidade relativa do ar). “O fato de estar com a tela Booster melhora a resistência à tração e ao cisalhamento porque era só polímero, mas agora tem um composto que aumenta a ancoragem”,
explica Nelson.
Assista ao vídeo desta experiência em:
www.vidrotv.com.br