Temperadora se prepara para superar marca no segundo semestre, com chegada da segunda linha robotizada
Não existem dados oficiais no setor, mas a transformadora de vidros Viminas deve ostentar atualmente o título de maior produtora de vidros temperados do Brasil. Neste primeiro semestre deverá fechar com uma média de produção superior a 80 mil metros quadrados por mês, contra a média de 60 mil, obtida no mesmo período do ano passado.
A empresa tem como meta encerrar o ano produzindo média de 100 mil metros quadrados. Na contramão da maioria dos empresários vidreiros, que preferem esconder seus números e estratégias, o sócio-proprietário Maurício Silva Ribeiro, não esconde a fórmula do sucesso: muito investimento e utilização de alta tecnologia, inclusive cibernética. “Não teria conseguido atingir essas metas sem os robôs e outras tecnologias modernas, como a informática”, revela à reportagem de T&V.
Para atingir o patamar atual a empresa investiu muito. Somente em 2010 foram aplicados aproximadamente R$ 5 milhões na empresa. A linha atual conta com três linhas robotizadas (Forvet) e três fornos horizontais (S.Glass) atuando em dois turnos de trabalho.
Duas linhas robotizadas trabalham na produção de boxes. Uma com boxes com 6 mm e outra com boxes de 8 mm de espessura. Cada uma delas é capaz de produzir um boxe frontal completo em menos de três minutos.
A grande vedete, entretanto, é a italiana Francesca (Forvet), linha robotizada para vidros de engenharia na qual quatro cabeças robotizadas de lapidação trabalham simultaneamente ao redor da chapa, com grande variedade de formatos.
Após esse verdadeiro balé sincronizado a chapa passa adiante via esteira para ser furada por duas cabeças robotizadas de furação que automaticamente fazem o furo na posição e no diâmetro adequados, incluindo, se for o caso, o escariamento . As cabeças robotizadas podem trabalhar duas peças pequenas ao mesmo tempo ou, se a chapa for grande, conjuntamente em uma única chapa grande.
Todo o processo é controlado via computador, sem interferência humana, com índice reduzido de erros e qualidade final diferenciada.
Com a produção em sintonia, o prazo de entrega da empresa é de cinco dias úteis, inclusive para as vidraçarias instaladas no sul da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Atualmente existe ainda uma linha de lapidadoras convencionais que trabalham as peças menores. Elas deverão ser substituídas em breve por uma segunda “Francesca”. É esse reforço que deve garantir à empresa atingir casa de 100 mil metros quadrados até o final do ano.
A Viminas irá completar 27 anos de atuação no mercado nacional. Entre os investimentos feitos em 2010 incluem-se o aumento da frota para 25 caminhões, a finalização na instalação do maior forno de têmpera do Brasil, com medidas úteis de 2600 x 6200 mm e a substituição da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) por uma maior, com capacidade de tratar 180 mil litros de água por hora.
