NOVIDADES PARA O VIDRO EM 2020

O ano de 2020 se aproxima e, com ele, esperanças de que o setor melhore, com mais envidraçamentos e menos problemas para os vidraceiros. Alguns fatos são animadores.

O setor da Construção Civil dá sinais de recuperação e, em 2020, teremos a realização das duas principais feiras do setor: Glass South America e Feira Internacional de Esquadrias (Fesqua). Para quem procura estar sempre inteirado com o que é lançado no ramo vidreiro a participação nesses dois eventos é obrigatória. Já podemos ir adiantando que o foco dos fabricantes de kits para instalações de vidros está sendo a eliminação de dois problemas com os quais os vidraceiros tinham sempre que lidar: O retorno constante no cliente por causa das roldanas tradicionais, utilizados na maioria dos kits e a questão das quebras de vidros temperados que causam ferimentos em clientes.

ROLDANAS A maioria dos problemas que as instalações apresentam está associada às roldanas tradicionais de poliacetal e rolamento. Na verdade, a solução encontrada por alguns foi a de eliminar as roldanas. Várias soluções em kits para envidraçamentos estão sendo produzidos de forma a eliminar esse gerador de problemas desde duas edições anteriores da Glass South America. O problema é que a eliminação das roldanas muitas vezes gera outros problemas, como infiltração de água e risco de quedas de painéis. Mas essa tendência de substituição continua.

Na edição deste ano será apresentada uma solução inédita, que promete melhor desempenho e elimina os problemas anteriores. Já a Tec Vidro está propondo substituir as roldanas tradicionais por um modelo mais complexo, porém, mais eficiente segundo a fabricante. Trata-se do Sistema Orbitec Multidirecional (Veja reportagem completa sobre esse lançamento, nesta mesma edição). Outra tendência de envidraçamento está na criação de soluções que permitem abertura máxima de grandes vãos sem trilhos inferiores.

Diversos lançamentos estão sendo preparados também com esse objetivo, capaz de impressionar os clientes pela praticidade e beleza. BOXES LAMINADOS A ideia de se produzir boxes com vidros laminados não é novidade. Diversos modelos foram criados no passado. Porém, a tentativa sempre esbarrou nos fatores complexidade e custo. A princípio todos os boxes de vidros laminados precisavam ter as bordas protegidas. Essa dificuldade foi eliminada em 1998, com o desenvolvimento de uma nova formulação para o intercalador (ou interlayer) Polivinil Butiral (PVB). Esta permitiu que o PVB pudesse ficar exposto ao tempo. Tanto é que alguns automóveis modernos possuem a beirada do para-brisas exposto. A exceção é para aplicações em que o vidro fique todo o tempo, ou a maior parte do tempo, em contato direto com a água, como beirais de piscinas. O contato esporádico, mesmo diretamente com a água, não
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prejudica o desempenho do vidro laminado nem causa delaminações (veja reportagem completa feita com Douglas Alves, technical services representative – Latin America South da fabricante de interlayers Eastman, nesta mesma edição.) Mesmo após a eliminação dessa dificuldade, os boxes com vidros laminados não se popularizaram. Ficaram restritos a poucos modelos. O custo dos modelos laminados continuou alto e eles têm sido utilizados somente em casas de alto padrão, por usuários que desejam produtos diferenciados e seguros, sem se importarem com o preço. O que amplia a tendência de utilização de boxes de vidros laminados é que a situação para as vidraçarias que instalam boxes de vidro temperado está se tornando cada vez mais complicada. A começar pela baixa lucratividade de toda a cadeia de produção desse item. Outro fator que favorece a introdução de um novo produto, dotado de vidros laminados está sendo o fechamento de um cerco aos vidraceiros prometendo punições em caso de acidentes. Este ano houve a tentativa de aprovação de uma lei no estado do Rio de Janeiro para obrigar a comercialização de boxes de banheiros seguros, ou seja, dotados de película de segurança ou compostos por vidros laminados. O projeto de Lei do delegado e deputado estadual Carlos Augusto, entretanto, recebeu diversas alte
rações ao passar pela Comissão de Constituição e Justiça. Ao ponto de, ao final a Lei 8596 assinada em 30 de outubro pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, somente criar a obrigatoriedade para os vidraceiros fluminenses de informar aos consumidores sobre a possibilidade de utilização dos vidros laminados ou da aplicação da película de segurança em seus boxes. Relacionado a essa aprovação está o fado de que, em março deste ano, uma sentença judicial obrigou uma vidraçaria a pagar a um cliente acidentado em um box em 2012 a quantia de R$ 921,00 para reposição de despesas médicas e de R$ 15 mil por danos morais. O fato ocorreu na cidade de Campo Grande (MS). Tal condenação cria precedentes para que outras vidraçarias sejam condenadas da mesma forma. LANÇAMENTO OPORTUNO Estimulado por todas essas somatórias de fatores uma empresa promete lançar, logo no início de 2020, uma linha de boxes que pode ser utilizada para montagem tanto de vidros temperados como de laminados com custo acessível e tanto de vidros temperados como de laminados, com custo acessível em relação ao benefício oferecido. O produto ainda oferece maiores facilidades de montagem e não possui roldanas. Para completar, também promete ampliar as margens de lucro para toda a cadeia, incluindo os transformadores..T&V

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