Para utilização em revestimento de paredes ou móveis, ou ainda aplicado em divisórias, boxes, fachadas e portas.
Embora nada impeça que vidros transparentes sejam utilizados no revestimento de paredes ou móveis, a aplicação mais comum é a utilização de vidros coloridos. Eles são obtidos com a aplicação de tinta no vidro pelos processos denominados “a frio” ou “a quente”.
No processo a frio uma tinta especial é aplicada sobre o vidro. Depois ela passa por um processo de secagem, que pode ser de forma natural ou com a passagem do vidro em uma estufa ou estufa com radiação infravermelha.
Os vidros pintados a frio possuem boa resistência, mas que pode se desgastar com a abrasão. A resistência final do produto está ligada à qualidade da tinta e ao método de aplicação. Melhor qualidade na aplicação é obtida através de máquinas especiais de aplicação, que descrevemos com mais detalhes ao final.
Já os “pintados a quente” se referem aos vidros que recebem esmalte cerâmico (tinta vitrificada) e em seguida são levados a um forno de têmpera para que a tinta possa se fundir de fato ao material. Tais vidros são denominados serigrafados e, além da resistência inquestionável da cor sob quaisquer situações de agressão, tal processo cria tensões internas no vidro, tornando-o um vidro temperado. E a vantagem do vidro temperado é poder ser aplicado em boxes, portas, divisórias ou até mesmo em fachadas sem ser emoldurado.
Além dos vidros pintados a frio e a quente, alguns revendedores ou transformadores oferecem o vidro denominado “esmaltado”, sendo que alguns denominam “esmaltado” os vidros pintados a frio, enquanto outros denominam “esmaltado” os vidros pintados a quente. É importante, devido a essa prática, informar-se sobre o processo na hora da compra.
APLICAÇÃO DE TINTA
A aplicação de tinta no vidro com equipamento apropriado garante uma melhor qualidade do produto final. A esmaltadora a rolo Multiglass, da Rollmac/Gemata do Brasil, por exemplo, é capaz de atender tanto a vidraçarias que queiram ingressar nessa área pintando “a frio” os próprios vidros quanto a temperadores de vidros que queiram produzir vidros serigrafados.
No processo “a frio”, a esmaltadora aplica tinta orgânica no vidro de forma uniforme e a cura da tinta, e sua fixação no vidro é feita na estufa Glassdrier IR, da mesma fabricante, com secagem infravermelho.
Já no processo “a quente”, esses mesmos equipamentos são utilizados. No caso, a estufa é utilizada para retirar a umidade do esmalte cerâmico para, então, a peça poder ser enviada ao forno de têmpera.
Segundo Julio Bresolin, do setor comercial da Gemata do Brasil, a qualidade das tintas para vidros está melhorando cada vez mais. “Existem certas tintas a frio que já podem ser aplicadas em ambientes externos porém, não superam a qualidade da tinta a quente”, explica.
Julio destaca que a esmaltadora Multiglass também é capaz de produzir vidros com desenhos (estampas): “Temos mais de 80 cilindros tipos de cilindros com desenhos diferentes: bolinhas, listras, xadrez, geométricos e outros que podem utilizar tanto tinta quente (cerâmica) ou tinta fria (orgânica)”, explica. Destaca também que o equipamento possui cilindros especiais que podem fazer a pintura translúcida – ou seja, que permite a visibilidade e pode ser utilizado para fazer a pintura com efeito acidato.
Julio menciona que, no caso de tinta a quente, existem no mercado mais de 200 opções de cores e, na tinta a frio, mais de 400 opções.
O investimento em uma linha de pintura com largura útil de 1.800 mm composta por Multiglass, Glassdrier, roletes intermediários e de saída é em torno de 600 mil reais. Tais equipamentos exigem uma área de trabalho de somente 13 metros de comprimento e 3 metros de largura.
Esmaltadora Multiglass ocupa pouco espaço e é capaz de pintar estampas ou reproduzir o efeito acidatado no vidro.
Como a Gemata está instalada no Brasil, e mais de 70% dos componentes são nacionalizados, a empresa pode oferecer aos clientes a opção de Finame, Cartão BNDES e Proger. Julio garante que, dependendo da quantidade mensal de horas trabalhadas, o retorno do investimento em tal equipamento pode se dar em até 24 meses. T&V