Vidros cumprem função vital de proteção sobre peitoril em instalação que permite total visibilidade do Altar Central
Vidros entram em lugares improváveis e com funções vitais. Mas nem sempre ganham o destaque adequado. Foi o que ocorreu na inauguração da Cúpula da Catedral Basílica de Aparecida, em outubro passado, na celebração da Coroação Solene dos 300 anos do encontro da conhecida imagem por pescadores. A obra está localizada sob o Altar Central, a 72 metros do chão e os 180 metros lineares de vidros instalados ali cumprem uma função vital de proteção.
Na Cúpula, ao preço de R$ 10,00 os visitantes, além de terem uma visão privilegiada do Altar Central, podem ver de perto todos os detalhes do revestimento especial no teto, feito pelo artista sacro Cláudio Pastro, falecido em 2016. Para proteger o altar da queda de objetos, uma interessante instalação
com vidros extraclaros foi feita no local. Os vidros cercam todo o perímetro da área de livre circulação dos visitantes posicionados sobre um peitoril mas, em alguns pontos, existem peças instaladas a 45 graus que permitem a visão para o altar logo abaixo possibilitando também filmagens ou fotos.
Todo o projeto e sua execução foi realizado por uma empresa paulistana, que também atua como laminadora e temperadora.
Todo o perímetro do peitoril foi ampliado com vidros laminados de temperados com resina Uvekol, fixados por aparafusamento a colunas de aço inox. Já os vidros em 45 graus são fixados por ferragens especiais em inox que foram produzidos sob encomenda, pois não havia no mercado uma solução padronizada.
No acesso à Cúpula Central, foram instalados 52 painéis, também de vidro e fixados por prolongadores. Neles estão expostos a simbologia dessa obra e todo o processo de sua construção e finalização. Ali também está instalada a exposição dos 300 anos do encontro da imagem de Aparecida, destacando os principais acontecimentos dessa grande celebração.
SOBRE A CATEDRAL
A Catedral Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída.
Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional, local que já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história. T&V