Diretor comercial da Screenline apresenta argumentos em favor das persianas entre vidros como forma de barrar luz e calor e combater infecções hospitalares.
Philippe Faucon, diretor comercial da fabricante de vidros insulados com persianas internas Screenline defende que uma alternativa nova e ainda pouco conhecida no Brasil, mas muito utilizada na Europa, é a combinação de vidros claros pouco refletivos e vidros baixo emissivos (Low-E) em hospitais. Assim é possível ter uma eficiência energética máxima mantendo, ao mesmo tempo, uma grande entrada de luz natural no edifício.
Essa entrada se reflete num consumo energético menor pelo sistema de iluminação e por uma recuperação mais rápida do paciente, pois uma entrada de luz maior contribui para um funcionamento melhorado do metabolismo, que depende de luz. Abaixo Faucon apresenta outros argumentos em favor dos vidros insulados com persianas internas.
Barrando energia ou calor
Vidros de controle solar podem proporcionar um Fator Solar (FS) da ordem de 30% em média. Um FS de 30% quer dizer que o vidro impede a entrada de 70% da energia ou calor conduzida pela luz. Em geral quanto maior a proteção solar, mais baixa a transmissão de luz.
Quando se usam persianas dentro dos vidros o FS pode cair para 15% ou menos (ou 85% de corte de energia penetrando nos ambientes). Esta solução tem a vantagem de permitir uma entrada de luz bem mais alta nos dias nublados e uma reprodução de cores mais fiel, pois o uso das persianas permite o uso de vidros mais claros.
Reprodução de cores
As cores do que se vê dentro do ambiente também podem ser alteradas. Este quesito influi no inconsciente do paciente, pois a cor da luz que entra pelo vidro poderá alterar sua percepção e humor. Um vidro muito verde ou muito azul pode alterar a luz interior de um quarto e fazer as pessoas parecerem cansadas, abatidas e doentes.
Metabolismo e ritmo circadiano
Na questão da quantidade de luz há dois aspectos. Vidros mais claros permitem uma entrada maior de luz e contribuem nos dias nublados para a iluminação natural dos ambientes enquanto vidros escuros roubam a luz e acabam aumentando as contas de energia elétrica. O segundo aspecto é que a quantidade de luz contribui também na regulação saudável do metabolismo. Com menos luz o metabolismo funciona mais lentamente e a recuperação é mais demorada.
Armadilhas
Uma armadilha comum a ser evitada por arquitetos e engenheiros que projetam hospitais é o uso de vidros refletivos demais. A noite estes vidros podem se transformar em verdadeiros espelhos para quem está do lado de dentro do prédio. Numa área de quartos de internação ter um espelho impedindo a visão pelo paciente do exterior do prédio ou refletindo sua imagem, é uma situação no mínimo indesejável.
Nem fora, nem dentro
Para a manutenção e higienização, os sistemas de proteção ideais para o edifício hospitalar não são elementos externos nem internos. Externos como brises de laminas ou peles metálicas demandam manutenção, tem uma limpeza difícil e custosa e cortam o contato visual dos pacientes. São também vetores de infestação por pombos. As internas, como cortinas de enrolar, são uma dor de cabeça para o pessoal responsável pelo combate às infecções hospitalares e representam um real risco se a limpeza não for feita corretamente.
Combate ás infecções hospitalares
Infecções hospitalares custam somas absolutamente consideráveis aos hospitais. O vidro é um grande aliado neste combate. Estudos apontam para índices da ordem de 5 a 10% de infecções hospitalares nos Estados Unidos, entre 8 e 11% em países da Europa e cerca de 15% no Brasil. Uma infecção custa em média R$ 55 mil para seu tratamento pelo hospital; e isto não leva em consideração os pacientes que vêm à óbito, que nos EUA são 5% do total daqueles que contraíram no hospital uma infecção sem vínculo com a patologia inicial que os levaram a ser internados. O controle de infecções no Brasil ganhou recentemente normas da ANVISA que regem o trabalho dos hospitais na higienização de ambientes pela RDC36. No ano passado foi lançado no Brasil o vidro AB, antibacteriano. Este vidro tem uma camada de prata bactericida que não permite o desenvolvimento de bactérias em sua superfície. Uma ajuda considerável para os hospitais. Sistemas com cortinas blackout dentro de vidros insulados, associadas a estes vidros bactericidas podem agora eliminar completamente de dentro dos quartos as antigas e contra indicadas cortinas.
Superfícies imbatíveis
As superfícies de vidro são imbatíveis nos quesitos de segurança do paciente, facilidade e rapidez de limpeza. Vidros duplos podem proteger sistemas de sombreamento no interior de uma câmara insulada. Nesta configuração se elimina a necessidade de limpeza de blackouts, cortinas ou persianas que protegidas numa câmara insulada podem durar décadas sem exigir nenhuma manutenção.
Depois de muitos estudos por equipes nacionais e internacionais de arquitetos e engenheiros contratados por hospitais como o Sírio Libanês, o Einstein, o HCOR, da rede AMIL ou mais recentemente da Rede D´Or, se concluiu que com vidros duplos e a proteção solar feita por elementos entre vidros se pode eliminar toda uma logística de manutenção e limpeza de cortinas internas, ou brises externos. Estes sistemas insulados são também utilizados em hospitais públicos como o ICESP ou o GRACC com excelentes resultados.
Tempo de quarto disponível
A fácil higienização dos vidros se reflete em outro conceito fundamental de economia para os hospitais: o tempo de quarto disponível. Quanto menos tempo uma superfície ou material demandar para sua limpeza e manutenção, maior será o tempo de quarto disponível para o hospital. Isso se repercute diretamente no resultado financeiro operacional da instituição.
Além de tudo isso, um paciente que tem contato visual permanente com a paisagem, a natureza ou a vida da cidade, que tem a liberdade de modular ao seu gosto a entrada de luz em seu quarto ou de fazer penumbra quando desejar repousar se recuperará sem dúvida mais rapidamente. Isso se refletirá novamente em mais quartos disponíveis e em menos infecções hospitalares, pois quanto menor o tempo passado internado, menor o risco de infecção e maior o número de pacientes atendidos.
Para mais informações:
www.screenline.com.br